Facebook e Twitter apagam mais de 900 contas ligadas ao Irã que geravam desinformação nas redes

O Facebook e Twitter anunciaram nesta terça-feira (21) que apagaram mais de 900 contas de suas redes sociais que tentavam espalhar desinformação. Segundo as empresas, elas estavam ligadas a uma empresa estatal do Irã.

Os perfis, páginas e grupos começaram a ser criados em 2011, segundo a empresa de Mark Zuckerberg, e estavam presentes tanto no Facebook quanto no Instagram, sua rede social de fotos. As contas falsas também compraram propagandas na plataforma e organizaram eventos.

O Facebook também divulgou que apagou algumas contas com origens russas, sem relação às iranianas.

Em julho, a empresa também apagou outras 32 contas falsas sob a suspeita de tentarem influenciar as eleições parlamentares americanas, que acontecem em novembro.

"Sempre há uma tensão entre desabilitar esses maus agentes rapidamente e melhorar nossas defesas no longo prazo. Se os removermos muito cedo, é mais difícil entender suas táticas e a extensão de sua rede", publicou a empresa em seu blog.

Por isso, a investigação levou meses e foi dividida em três partes. No total, foram apagadas 254 páginas, 276 perfis e três grupos no Facebook, além de 116 contas no Instagram.

No Facebook, uma das páginas tinha cerca de 813 mil seguidores. Já na rede social de fotos, uma das contas era seguida por até 48 mil pessoas.

A rede social diz que as investigações continuam e que já reportou o que foi descoberto aos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido. Como o Irã está sob sanções por parte dos EUA, o Tesouro americano também foi informado.

Após o anúncio feito pelo Facebook, o Twitter revelou que tinha apagado 284 contas em suas redes que também tinham ligação com o Irã e tentavam disseminar informações falsas.

Denúncia

De acordo com o Facebook, as investigações tiveram início a partir de uma denúncia feita por uma empresa de segurança digital, FireEye, em julho. Ela envolvia uma organização chamada "Liberty Front Press", que tinha ligações com uma empresa de mídia estatal iraniana.

Em um relatório, a FireEye divulgou que também compartilhou a denúncia com o Twitter.

Fonte: G1