Implantação de jardim clonal para cultura de caju pode destacar PB na produção

Trabalho é acompanhado por professores e estudantes do campus de Catolé do Rocha (Foto: Codecom UEPB/Divulgação)

Com a promessa de se transformar em um dos maiores produtores de caju da região, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) iniciou efetivamente a implantação do jardim clonal para a cultura do caju. O projeto está sendo implantado pelo Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA), em uma parceria da instituição com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A pretensão da universidade é criar um viveiro para a produção e distribuição da cultura do caju.

Os primeiros seis genótipos da cultura já foram plantados pelos técnicos. No total, 66 mudas de caju já estão sendo cultivadas. Todo o trabalho está sendo acompanhado por professores e estudantes do campus de Catolé do Rocha.

Em um primeiro momento, o jardim clonal é composto por mudas de Cajueiro Anão Enxertado das variedades CCP 76, CCP 09, Embrapa 51, BRS 189, BRS 226 e BRS 275. Eles serão cultivados a partir da retirada de novos clones da planta.

A perspectiva é de que em um prazo de um ano e meio até dois anos, o CCHA já tenha condições de produzir o caju orgânico em larga escala e distribuir as mudas para os produtores da região. As mudas foram cultivadas pela Embrapa Agroindústria Tropical, que fica localizada em Fortaleza, e plantadas nas áreas destinadas, na Escola Agrotécnica do Cajueiro, na UEPB, em Catolé do Rocha.

O diretor da Escola e um dos articuladores da iniciativa, professor Edivan Silva Nunes Júnior, comemorou o início da execução do projeto. Ele afirmou que na Paraíba nenhuma instituição pública ou empresa privada tem esse material genético reunido em um só pomar. Ainda segundo informações do professor, a UEPB será pioneira nesse tipo de parceria e iniciativa que, futuramente, poderá impulsionar a economia do Sertão paraibano.

A pretensão dos professores da UEPB e dos técnicos da Embrapa é criar as condições favoráveis para fazer o cruzamento das clonagens de tipos como o caju anão vermelho CCP 76 e o clone de outras espécies, melhorando a qualidade das variedades. Além do jardim clonal, o CCHA implantará posteriormente o banco de germoplasma para fazer o cruzamento de diversas variedades da fruta.

O professor Edivan reforça que o jardim clonal vai fortalecer a cultura do caju em Catolé do Rocha e ajudar a enriquecer os conhecimentos dos estudantes do curso de Ciências Agrárias.

O jardim clonal de caju também deve ser implantado na Escola Agrícola Assis Chateaubriand, que funciona no Centro de Ciências Agrárias Ambientais (CCAA), do campus de Lagoa Seca.

Perspectiva é de que em um prazo de um ano e meio até dois anos, o CCHA já tenha condições de produzir o caju orgânico em larga escala. (Foto: Codecom UEPB/Divulgação)

Fonte: G1