Funcionários de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) do conjunto Severino Cabral, em Campina Grande, tiveram que paralisar as atividades porque o local foi arrombado na madrugada desta terça-feira (24). Esta seria a quarta vez, em menos de dois meses, que a unidade é roubada. Os bandidos teriam levado equipamentos e rasgado fichas de arquivo com registro de mais de 20 anos dos pacientes.
A ação trouxe medo aos funcionários que fecharam a USF e realizaram, na parte da manhã, apenas visitas domiciliares e consultas médicas previamente agendadas. O atendimento foi normalizado após a realização da perícia.
De acordo com o Gerente de Atenção Básica da Secretaria de Saúde de Campina Grande, Miguel Dantas, os arrombamentos a prédios de saúde são constantes e trazem transtornos aos profissionais do município.
“Apenas nessa USF é o quarto arrombamento em quase dois meses. Os bandidos agem praticamente da mesma forma, durante a madrugada, e levam equipamentos, rasgam fichas de atendimento com registros de mais de 20 anos dos pacientes. Tivemos casos que os bandidos defecaram dentro de uma geladeira de vacinas e tivemos que jogar todos os medicamentos fora. A situação é crítica e a população é a mais prejudicada”, afirmou o gerente.
A onda de roubos nas USF de Campina Grande é facilitada pela falta de segurança em algumas unidades. Miguel Dantas relatou que medidas estão sendo tomadas, mas que não possuem garantias que o problema seja resolvido.
“Estamos reforçando a segurança com grades, portões, muros mais altos, cercas elétricas, mas isso não garante que os roubos vão parar. Estamos tomando algumas providências emergências para reforçar a seguranças, mas temos 101 USF’s e ficamos angustiados com a segurança. Nosso temor maior é a segurança dos funcionários e a integridades dos nossos arquivos”, disse Miguel.
Miguel Dantas confirmou que a insegurança nos bairros facilita a ação dos bandidos, mas ponderou alertando para a dificuldade do trabalho da Polícia Militar. “Sabemos da insegurança que é nos bairros, mas entendemos que é difícil para a PM garantir a segurança da população e chegar a tempo quando existem os arrombamentos nas USF’s de Campina Grande”, concluiu.
Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Polícia Civil.
Posição da Polícia Militar
Procurado pelo Portal Correio, o major Gilberto, assessor da Polícia Militar em Campina Grande, informou que os policiais militares não podem agir como seguranças de prédios públicos, já que essa função é de caráter de vigilância particular.
“A confusão é grande porque estão querendo que a polícia faça a função de polícia e de vigilância de prédio. Esse papel deve ser feito por vigilantes particulares colocados pelos responsáveis de administrar o local. Estão deixando os prédios fechados sem ninguém e isso facilita a ação dos bandidos” falou o major.
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