Uma fotografia que representa literalmente o ‘retrato’ da importância que o futebol da Paraíba sempre recebeu. A câmera do estudante de jornalismo Cristian Trócolli redescobriu em meio ao ‘lixo’ uma verdadeira relíquia, capaz de remontar uma parte importante da história do esporte no Estado.
Abandonada em uma das salas do ‘Almeidão’, o estudante encontrou a maquete original do que deveria se tornar o estádio José Américo de Almeida. Segundo Cristian, a ‘relíquia’ (datada de 1973) foi achada coberta por poeira e em um péssimo estado de conservação.
Ainda segundo o jovem estudante, a peça – que, em outros países, sem dúvidas receberia uma atenção notável – divide o precário espaço com documentos, quadros históricos e outras ‘relíquias’.
“Lamentável a politicagem ter deixado tudo pela metade”, reclama Cristian, lastimando que tenha terminado ‘de outra forma’ o projeto que daria a João Pessoa um dos estádios mais bonitos do Brasil.
Só ‘no papel’ – A descoberta nos permite hoje confirmar a histórica especulação de que o projeto inicial era bem maior do que o executado. Porém, segundo alguns relatos, com a intenção de construir também um estádio em Campina Grande, o dinheiro destinado às obras do Almeidão teria sido dividido em duas partes, resultando em uma praça de futebol ‘inacabada’ na Capital, em detrimento de outro equipamento na Rainha da Borborema.
De acordo com o que pode se perceber ao analisar a maquete, a ideia original tinha como objetivo construir um estádio composto por um anel completo, diferente do que é visto hoje. Outro detalhe notado é que não há nenhuma previsão de cobertura para o estádio. Contudo, não se sabe se a proteção existia na maquete e se perdeu com o tempo, diante do abandono.
Enfim, respostas... – Quem frequenta o ‘Almeidão’ sempre se perguntou qual a utilidade de algumas pilastras e uma escada que une ‘o nada a coisa nenhuma’, na área por trás de uma das traves. Agora, com a descoberta, fica confirmado que a estrutura estava pronta para receber uma arquibancada, que uniria o que hoje é a área “sombra” à arquibancada “sol”.
Confira o registro do estado que se encontra a histórica maquete
Fonte: Luis Alberto Guedes – MaisPB
