Sem a implementação de políticas públicas preventivas para garantir o abastecimento regular de água em regiões frequentemente castigadas pela estiagem prolongada, o poder público agora tenta adotar medidas paliativas para assegurar o mínimo de água à população mais carente que, diante da inexistência de ações planejadas, não tem outra alternativa que não seja depender dessas ações emergenciais. Na Paraíba, que há cerca de dois anos enfrenta uma das maiores crises hídricas das últimas décadas, o Exército Brasileiro vai contratar 100 carros-pipa para abastecer moradores de 24 municípios, nas regiões do Agreste, Sertão e Cariri do Estado.
O processo de seleção para quem deseja trabalhar na Operação Carro-pipa será realizado pelo 31º Batalhão de Infantaria Motorizado, sediado em Campina Grande, entre os dias 8 e 27 de junho.
Segundo o comandante do batalhão, tenente-coronel Tarcísio Damasceno Filho, pode participar do credenciamento qualquer pessoa física ou jurídica, cuja área de atuação esteja relacionado com a prestação de serviços de coleta, transporte e distribuição de água potável. Para efetuar o cadastramento, realizado anualmente pelo Exército, o interessado deve apresentar sua documentação pessoal e atender aos critérios exigidos pelo edital, como a regularidade do veículo e sua adequação para o transporte de água potável.
“Serão cadastrados todos os interessados que se enquadrarem nos critérios do edital e sejam aprovados na vistoria do veículo. Depois disso, vamos fazer um sorteio entre os credenciados para selecionar as 100 pessoas. O edital tem validade de um ano, e esses caminhões-pipa já devem começar a atuar no dia primeiro de setembro”, explicou o comandante, ao salientar que esse ano houve uma alteração em relação ao edital de 2014, que ainda está em vigência. Nesse, o sorteio dos caminhões entre os credenciados ocorria a cada seis meses, enquanto que em 2015 esse sorteio ocorrerá a cada três meses, quando haverá uma mudança dos pipeiros que trabalham na operação.
Segundo o tenente-coronel Tarcísio Damasceno Filho, a mudança é para que haja uma rotatividade das pessoas interessadas em trabalhar na operação. A água utilizada por esses caminhões é retirada do açude de Boqueirão e de reservatórios nos municípios de Areia, Sumé e Patos.
O valor pago aos pipeiros pelo serviço, segundo o comandante, varia de acordo com cada um dos 100 trechos definidos pelo edital. Para mais informações, os interessados devem procurar a sede do 31º Batalhão, no bairro da Palmeira, ou ligar para (83) 3341-1231.
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