Agricultoras participam da 6ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia

Cerca de três mil agricultoras e lideranças rurais se reuniram em Lagoa Seca, na Paraíba, nesta quinta-feira 12 de março (quinta-feira), na 6ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia. Na atividade, a Secretária de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (SEAFDS), se fez presente, dando apoio, no dia de ontem o governador Ricardo Coutinho, recebeu a comissão dos diversos movimentos e negociou diretamente todos os pontos da pauta unificada e reuniu um fórum de sindicatos e organizações da agricultura familiar que congrega 14 municípios e mais de cinco mil famílias do Agreste da Borborema, com a assessoria da AS-PTA Agroecologia e Agricultura Familiar.

A Marcha é um momento de denunciar as desigualdades sociais e a violência contra mulher. É também a expressão da luta por direitos e por relações de gênero mais justas na agricultura familiar. Em todos os anos, o ato marca o encerramento de uma série de eventos municipais em que se faz uma leitura crítica das manifestações das desigualdades e a persistência histórica da cultura patriarcal. Busca-se ainda valorizar e dar a visibilidade as estratégias de superação encontradas pelas mulheres e afirmar seu papel na construção do projeto agroecológico para a região. “A marcha vem se reafirmando num espaço importante para se refletir as desigualdades presentes nas vida das mulheres, que sempre tiveram seu trabalho sempre desvalorizado. Então há uma rede de mulheres integrantes da marcha que debatem alternativas para se combater essas dificuldades que as mulheres sofrem tanto físicas como psicológicas”, afirmou Maria Leonia Soares Coordenadora do polo da Borborema e presidente dos Trabalhadores Rurais de Massaranduba.

Para o secretário de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (SEAFDS) Lenildo Morais que esteve representando o governador Ricardo Coutinho, está marcha já faz parte do calendário de mobilização social da Paraíba, pois simboliza um pouco daquilo que é a luta cotidiana das mulheres, para que possam a cada dia serem protagonistas em nosso país, com justiça e com igualdade. “Nós não só apoiamos a 6ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, como fizemos questão de ontem (11) junto ao governador Ricardo Coutinho, discutir uma pauta que tratou da geração de políticas públicas para as mulheres, como a criação de uma agroindústria a partir do banco de sementes da cidade de Lagoa Seca. A iniciativa visa aproveitar a produção de milho orgânico e nativo dos pequenos agricultores para a produção de cuscuz. Esse cenário mostra que o governador está antenado as questões que envolvem a melhoria de vida de quem mora no campo”, afirmou Lenildo. Desde de 2014 o trabalho de preparação vem debatendo as questões propostas pela Marcha. “O processo preparatório da Marcha nesse ano foi bastante interessante. Podemos dizer que não paramos de marchar desde Massaranduba, pois o tema das desigualdades entre homens e mulheres perpassou todos os momentos de formação do Polo da Borborema. Contudo, vale destacar o processo de formação específico para marcha. Esse ano, foram mais de 35 encontros municipais e comunitários envolvendo perto de 1500 mulheres. Promovemos um encontro com as lideranças jovens do Polo que por sua vez, se fará presente de forma mais organizada na Marcha. Vale ainda destacar o processo municipal. Os educadores e gestores escolares da rede de educação de Lagoa Seca também participaram de um momento de formação específico e a pauta da Marcha será levada para dentro das salas de aula. É assim que a Marcha vai se consolidando com apoios como da SEADFS como um forte movimento de mulheres na região da Borborema”, avalia Adriana Galvão Freire, assessora técnica da AS-PTA e da Coordenação da Marcha. Durante todo o percurso, as mulheres seguiram carregando bandeiras, faixas, cartazes e cantando canções que tratam da realidade de desigualdade, isolamento, injustiça e violência a qual muitas mulheres ainda estão submetidas.

Além da participação das mulheres do Polo da Borborema, a Marcha também recebeu caravanas vindas de várias regiões da Paraíba que compõem a Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba), o Coletivo Estadual de Mulheres do Campo e da Cidade, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da Paraíba (MST-PB) e o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo (MTTC), entre outros movimentos de mulheres.

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Fonte: PB Agora com assessoria<