Fernanda Ellen: tragédia do CRACK invade nossos lares

João Pessoa, melhor dizendo a Paraíba, precisa urgentemente unir todas as forças, sobretudo das autoridades nos vários níveis para gerar um Pacto / Mutirão capaz de enfrentar de forma consistente e politicamente abrangente os efeitos que as drogas, especialmente o CRACK andam fazendo em nossas famílias. Em síntese, esta é a primeira reação racional que chega diante do desvendamento da morte da estudante Fernanda Ellen, 11 anos, encontrada morta no quintal de um vizinho, jovem e de menor idade.

As primeiras informações levantadas pela reportagem do WSCOM dão conta que, a trama da morte tem a ver com a constatação de uso e/ou troca do celular da jovem Fernanda Ellen por 15 pedras de CRACK – certamente a razão central da atitude nefasta do autor de tamanho gesto inaceitável, outra vitima do tráfico.

De acordo com as informações da Polícia – e neste caso dê a Cesar o que é de César, ou seja o reconhecimento da capacidade do desvendamento da Segurança -, o trama chega a tamanho fundo do poço, ao inferno da promiscuidade, que foi preciso o envolvimento de uma profissional do sexo na revelação do caso para que chegássemos á revelação da tragédia.

Aliás, já há confissão do crime pelo jovem vizinho, certamente envolvido dos pés ao pescoço com o uso do CRACk.

Pior é que, reações como da família fragilizada de Fernanda Ellen de querer ir ao revide, ao linchamento contido pela Polícia, também é ato que não resolve mais porque, o mais importante – a vida da bela e jovem garota – isso ninguém, especialmente os familiares, não vão poder mais contar em carne e osso.

A tragédia certamente se amplia porque atinge a outra parte da Família do jovem, agora se entreolhando uns aos outros, querendo identificar justificativas injustificáveis para que seu filho chegasse a tamanha cena de horror. Onde eles erraram, onde a sociedade está errando?

Além de dor sangrando, de constatação indescritível da tragédia, o Caso exige que tomemos medidas concretas para sacudir a Sociedade, mexer com as Autoridades constituídas, no sentido de que saiam do ar condicionado, repensem as relações entre elas e, urgentemente, com a sociedade organizada criem e definam um Pacto de Reação em favor da sobrevivência das futuras gerações.

Fernanda Ellen é a cara Mártir de uma tragédia inconcebível, mas que precisa produzir meios de superarmos esse grave trauma, onde só a união de todos pode ser capaz de atenuar e resolver.

GOVERNO, OPOSIÇÃO E SOCIEDADE ORGANIZADA

O governador do Estado, o prefeito de João Pessoa, os presidentes da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas, Procurador Geral de Justiça, Câmara Municipal, a classe politica, todo o aparato policial, as Igrejas (Dom Aldo, Pastor Estevam, etc) as entidades representativas – API, OAB, DCE, etc, as que tratam especificamente do problema, as Universidades, enfim, todos precisam deixar de lado as possíveis diferenças mas precisam sentar à mesa para tratar do CRACK e de outros drogas como Prioridade urgente, antes que outros filhos e filhas tenham o trágico fim de Fernanda Ellen.

A hora é esta! Até vejo na presidenta do TJ, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, a figura exata de quem pode liderar este Pacto, esta grande campanha.

ÚLTIMA

“Vamos precisar de todo mundo/ Pra banir do mundo a opressão.


Fonte: Walter santos