Dormir com celular por perto faz mal pra saúde? Médicos esclarecem

Você conhece alguém que não tem celular? Provavelmente, não. Também, não é para menos: calcula-se que existam sete bilhões de pessoas hoje no planeta, e nada menos que seis bilhões de celulares. Isso sem falar nos inúmeros gadgets: iPad, iPhone, smartphone e laptop, entre outros. Com tanta tecnologia cada vez mais acessível, é difícil não estar, de alguma forma, inserido na “rede”.

Mas e a saúde, como fica nesse contexto? São várias as teorias a respeito, desde suspeitas de que usar celular demais dá câncer até a constatação de que existe uma geração de viciados em internet – o que, obviamente, desencadearia no mínimo problemas sociais aos hiperconectados.

Em relação ao uso do celular, é importante considerar que seu emprego não para de crescer: o Brasil terminou o ano de 2010 com um total de 202,94 milhões de aparelhos, o que representa um avanço de 16,66% em relação a 2009, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“Ao longo do tempo, o número de chamadas por dia e a duração de cada chamada também vem aumentando”, salienta Maurício Mandel, neurocirurgião formado pela Universidade de São Paulo, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Os celulares emitem energia de radiofrequência (ondas de rádio), uma forma de radiação eletromagnética. Tal radiação pode ser de dois tipos, ionizante (raios-X e raios cósmicos) e não ionizante (radiofrequência). “O celular emite este segundo tipo e, até agora, não há evidência de que a radiação não-ionizante leve à doença. O primeiro tipo, ao contrário, é conhecido como indutor do câncer. Tanto que pessoas que trabalham com raio-X – técnicos, médicos, enfermeiras – fazem testes regularmente para ver se a exposição provocou a formação de tumores”, diz o especialista.

O ideal é não dormir com o celular perto da cabeça. PARCIALMENTE VERDADE: “Não existe comprovação real sobre a questão. Mas, atualmente, existe a recomendação, por algumas agências de saúde, para evitar o uso excessivo do celular”, diz o neurocirurgião Maurício Mandel. “O ideal é impedir a emissão contínua de radiofrequência. Portanto, a exposição ao celular, quando este não está sendo usado, é desnecessária e não aconselhável”, completa o neurocientista e neurocirurgião Antônio De Salles.

Fonte: UOL